Inter vence e joga por um empate no México
O
real Inter voltou a se apresentar na Libertadores. Após 49 dias de
recesso na competição, o time de Diego Aguirre deu as caras uma vez
mais, bateu o Tigres por 2 a 1 e, agora, precisa de um empate ou até
mesmo derrota por um gol de diferença a partir do 3 a 2, no dia 22, em
Monterrey, para disputar a sua quarta final do torneio e buscar o
tricampeonato da América. Caso o Tigres vença por 1 a 0, eliminará o
Inter. Vitória mexicana por 2 a 1 levará a decisão para os pênaltis. Na
outra semifinal, o River Plate leva a vantagem do 2 a 0 obtida sobre o
Guarani-PAR, em Buenos Aires, para a decisão em Assunção.
Com
um Beira-Rio rugindo, o Inter saiu de cara para a sua Copa do Mundo
particular. Logo aos quatro minutos, o experiente volante uruguaio
Arévalo Ríos tentou recuar para o goleiro da seleção argentina Guzmán,
mas Nilmar desviou o passe. Ato contínuo, D'Alessandro recolheu a bola,
se aproximou um pouco mais da área e bateu reto, no canto esquerdo de
seu compatriota. Um gol que fez os mais de 41 mil colorados festejar e
deixou os mexicanos boquiabertos com a rapidez do gol.
Mas
a turma de Rafael Sobis ainda teria uma surpresa a mais. Aos nove
minutos, a bola se ofereceu para Valdívia, na ponta direita da grande
área. O cabeludo camisa 29 chegou chutando, a bola desviou no corpo de
Ayala, que tentou salvar de carrinho, subiu, enganou Guzmán e caiu às
costas do goleiro. E dentro do gol: Inter 2 a 0. Para a alegria de
Enrique Carrera, o substituto do suspenso Aguirre à beira do gramado.
O
Tigres tentou se encontrar a partir dos 15 minutos, quando tentou
esboçar uma reação. Sobis se desentendeu com Geferson. Irritado com uma
falta do lateral, se levantou e o agarrou pelo pescoço. O árbitro
precisou intervir para separar o que poderia se transformar em briga.
O
problema é que o 2 a 0 parecia ter deixado o Inter bem satisfeito. Cedo
demais. Aos 22, Sobis cruzou na área e o zagueiro Ayala subiu sozinho
para desviar de cabeça e descontar para 2 a 1 — o Inter sofreu um gol
que definitivamente não estava nos planos.
Coube
a Sobis incendiar o jogo e provocar a reação mexicana. Aos 30, William
foi desarmado no meio-campo e o seu erro só não proporcionou o empate
porque Alisson fez grande defesa aos pés de Sobis. O Inter se encolheu,
permitiu a pressão do Tigres e passou a jogar em esporádicos
contra-ataques. Aos 36, Gignac deixou Ernando para trás, invadiu a área e
parou no paredão Alisson. Ao final do primeiro tempo, o Tigres reclamou
de um pênalti de Alan Costa em Aquino, que não foi marcado pelo
árbitro.
— Não podemos mais levar gols, se não vai ficar complicado — alertou Rodrigo Dourado.
A
segunda etapa começou com Sobis cabeceando sozinho para a defesa de
Alisson. O Inter assustava a torcida — que esperava pelo terceiro gol
para poder se tranquilizar. Quem seguia mais contundente era o Tigres.
Arévalos Ríos teve o empate a sua frente, com uma bola que sobrou limpa,
quase na marca do pênalti. Mas, para a sorte do Inter, ele chutou para
fora. O meio-campo colorado precisava de maior proteção.
Aos
11 minutos, o zagueiro da seleção mexicana Ayala invadiu as canelas de
Lisandro López com um carrinho e foi expulso. Não demorou para que Sasha
entrasse no lugar de Nilmar. O Inter tentava transformar o 11 contra 10
em uma vantagem real no placar. Lisandro, duas vezes, parou nas mãos de
Guzmán. Apesar dos 37 minutos que teve à disposição para ampliar, pouco
produziu e embarcará para o México com a vantagem mínima na bagagem,
porém, sempre uma vantagem.
Fonte: ZH
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