Alisson Brilha no empate contra a Ponte Preta
Não
há mais a Libertadores para mascarar as más atuações do time de Diego
Aguirre no Brasileirão. Envolvido pela Ponte Preta no Moisés Lucarelli,
com dificuldade na marcação e sem aproximação entre os setores, o empate
em 0 a 0 em São Paulo deve ser comemorado no vestiário do Inter.
O pontinho conquistado na casa adversária, com grande atuação de
Alisson, faz o time gaúcho chegar aos 20 pontos e estacionar na 10ª
colocação. Com a vitória do Atlético-MG a diferença para o líder do
Brasileirão é de 12 pontos.
Parecia
que o Inter chegaria fácil ao gol e seria o primeiro a abrir o placar
no Moisés Lucarelli. Logo no início do confronto, a movimentação de
Anderson com Alex, Sasha e os atacantes Nilmar e Lisandro López
mostrava-se promissora. Com qualidade e certa liberdade, o quinteto
dominava a intermediária da Ponte. Contudo, o ímpeto colorado foi
diminuindo aos poucos.
O
meio-campo do Inter afrouxou a marcação e os jogadores passaram a
correr e correr e correr — evidenciando a desorganização do setor.
Rodrigo Dourado tentava se multiplicar para conter os avanços da Ponte.
Era comovente o desgaste do jovem volante do Inter para tentar dar a
combatividade necessária para que o Inter não sofresse o gol.
O
placar em 0 a 0 no início da partida em muito se deve aos goleiros do
Inter e da Ponte Preta. Alisson trabalhou aos 14 minutos. Borges recebeu
lançamento no meio da área e o goleiro colorado dividiu com um carrinho
e levou a melhor. Dois minutos depois foi a vez de Marcelo Lomba fazer
um milagre no Moisés Lucarelli.
Eduardo
Sasha encontrou Anderson livre na entrada da grande área. Lomba tratou
de fechar o ângulo e impediu a abertura do placar em Campinas. O goleiro
da Ponte Preta aumentou seu papel de destaque na partida aos 22
minutos, quando Nilmar invadiu a área pela esquerda e chutou forte. No
reflexo, Lomba mandou para escanteio. Aos 32 foi a vez de Alisson
defender chute potente de Rodinei — um dos melhores da Ponte Preta em
São Paulo. Com 34, a contenção veio após chute de Biro Biro.
Enquanto
a Ponte Preta valorizava a posse de bola, atacava em velocidade e
levava perigo ao gol do Inter, os gaúchos se valiam dos contra-golpes.
Nilmar e Sasha apostavam corrida com os defensores paulistas. Lisandro
tentava acompanhar, e muitas vezes conseguia chegar próximo à meta
adversária. Mas faltava a qualidade, o refino, na finalização. O Inter
que teve um pequeno domínio no meio, perdeu força no setor ao longo da
primeira etapa.
— Tivemos as melhores chances do primeiro tempo — resumiu Alex.
— Só falta marcar o gol — disse rapidamente o meia Anderson na saída para o vestiário.
— Melhorar um pouco para o segundo tempo, vamos caprichar mais a conclusão para marcar o gol — completou o goleiro Alisson.
Nico
Freitas e depois Valdívia foram a campo no segundo tempo para o Inter
tentar auxiliar Rodrigo Dourado na marcação. Alex e Anderson deixaram o
campo. A Ponte até deixou de dominar o jogo, o confronto ficou mais
franco e o Inter poderia ter marcado aos 22 minutos, quando o cabeludo
da camisa 29 ficou cara a cara com Lomba, chutou rasteiro e o goleiro
adversário caiu para defender. Se tivesse tocado à esquerda, Lisandro
López estaria com o gol aberto.
Enquanto
isso, Borges testava o goleiro colorado aos 32. Biro Biro aos 33.
Gilson aos 35. Keno aos 40. A tarde era de Alisson. O avalista do empate
no Moisés Lucarelli. O único a se salvar na primeira atuação em que o
foco do Inter voltou ao Brasileirão.
Fonte: ZH
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